Ontem...
Começa a morrer o hoje
Que a escuridão num processo lento
Porém veloz, leva para ontem
E tudo que é, começa se apagar
E daqui a pouco era...
Vamos passando como o tempo que voa...,
Quase não nos damos conta
Do que é..., já era!
Quase não nos damos contas do passageiro
Do amor primeiro...
O derradeiro daqui a pouco se foi
O beijo dado...,
A lágrima rolada do amor perdido
A esperança do sonhar
Sem jamais conseguido...
E vai se apagando para dar vez
Ceder lugar ao que estava próximo e...,
Já quase passa....
Quase não nos damos conta
Daquele que está e...,
Um pouco mais se foi
Se perdeu no passado
Quase não nos damos conta
Do amigo querido
Que estava ao lado
E já não existe, já era..., passado
Quase não nos damos conta
Solidão, saudade louca
Boca amarga, que seca a garganta
E chora meus olhos, molhando minha face
Na lembrança, imagens de agora pouco
Que ficou distante..., lá atrás
A pouco passada, distanciada que não volta mais
Na doce memória, momentos vividos,
Perdidos no tempo, doídos no peito
De grito contido, choro espremido
A noite que chega...,
O dia se foi..., passou, acumulou
A tudo somou, morreu com o tempo
E quase não nos damos conta
Que ficou pra traz...
Cortinas pesadas...
Fecham sobre mim
cortinas pesadas...
Da peça tão
longa..., e atos diversos
De poucas
escritas... e, nem decoradas
Ninguém dirigiu...
Minha vida,
caminhadas...
Com cenas incertas,
passadas sem rumo
Se fecha a cortina
de
vidas incertas
E tão
incansáveis..., que atuam aqui
A peça termina ou
segue adiante
Apenas lhe falta
Algum figurante...
Que sob a cortina
pesada, empedrada
Umedecida,
molhada...,
Se fez minha
morada!!!
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